Olá amigos, estamos aqui
para mais uma postagem. Como sempre, penso em
escrever muitas coisas e, vez por outra, me vem a dúvida sobre o que
partilhar com vocês. Interessante que o venho compartilhando provém do feedback de muitos de vocês, de amigos ou de
situações nas quais reflito no meu próprio ambiente de trabalho.
Hoje quero conversar
sobre algo muito interessante: os estágios na aquisição e
incorporação de habilidades e comportamentos capazes de elevar
nossa competência (lembra do CHA?). Estaremos nos fundamentando no
livro de James C. Hunter, o Monge e o Executivo, páginas 123 a 124,
que, apesar de aplicar o conceito à liderança, entendo ser
extensível a outras habilidades sejam elas técnicas, conceituais
ou humanas.
Segundo o autor, existem
quatro estágios na aquisição de habilidades de liderança, quais
sejam:
1. Estágio Um:
Inconsciente e Sem Habilidade
Esse é o estágio em que
você ignora a necessidade de praticar determinada ação, seja por
não ter a consciência do mesma, seja por estar naturalmente despreparado. Ele cita o exemplo do estágio anterior ao de aprender
a jogar basquete, esquiar, tocar piano, datilografar ou, quando
crianças, essa fase é ainda comparada ao momento que antecede o
desejo de nossas mães de que passemos a usar o sanitário.
2. Estágio Dois:
Consciente e Sem Habilidade
Num segundo estágio,
você toma consciência do novo comportamento, mas ainda não tem a
prática. É quando chega aquele estagiário ou novo funcionário bem
disposto, mas sem experiência. É quando você fica
sentado diante da máquina de escrever ou do piano. Você está meio
desajeitado, sem habilidade. É um momento crítico. Aqui, se você
perseverar, irá para o estágio seguinte.
3. Estágio Três:
Consciente e Habilidoso
Esse é o estágio em que
você está se tornando habilidoso e, confortavelmente, consegue
desenvolver suas aptidões. É quando o esquiador já consegue
desempenhar razoavelmente bem sua descida, quando o digitador e o
pianista já não precisam ficar olhando para o teclado, mais ainda
não é o estágio final da apropriação de habilidades, ou seja, o
momento em que aquela prática se tornará um hábito incorporado ao seu
cotidiano.
4. Estágio Quatro:
Inconsciente e Habilidoso
Esse é o estágio no
qual você “não precisa mais pensar”. Você tem dentro de si um
nível tão elevado de agregação de competências que o exercício
das mesmas pode ser comparável a atos do dia-a-dia como quando você
passa a usar o sanitário, escovar os dentes, sem pensar, segundo o autor.
É quando um esquiador
desce uma montanha como se estivesse andando na rua. Jornalistas
americanos chegaram a zombar da forma como Michael Jordan jogava como
“inconsciente”. É o estágio no qual aquele atleta não pensava
em sua forma ou estilo porque tudo havia sido tornado tão natural
para ele. É quando um tecladista ou pianista nem pensa quando seus
dedos tocam o teclado. É a fase na qual, entendamos, você não se
esforça tanto para adquirir habilidades, pois tudo se tornou
extremamente natural para você.
Diante desses
comentários, convido você a refletir sobre onde você se encontra
em seu desempenho profissional. Infelizmente, algumas pessoas, em
virtude de situações negativas ou desafios, afrouxam ou desistem
nos estágios 2 ou 3. Chegaram até a iniciar bem algumas atividades,
mas aí mudam de profissão, emprego, largam tudo para se arriscar em
sonhos ilusórios e pouco viáveis. É aquele vendedor que pede para
mudar de filial. É aquele funcionário que vive fazendo rodízio ou
aquele empregado que vive “pulando de galho em galho.”
A meu ver, só devemos
sair do lugar onde estamos quando tivermos a convicção de que nosso
ambiente de trabalho não irá permitir a conversão de nossas
potencialidades à excelência que conduz à auto-realização. É preciso perseverar, persistir. Se Deus te colocou ali, aproveite toda e qualquer chance de aprendizado.
Lembro-me da frase: “a
exaustão leva à perfeição.” não sei de qual autor. Abraços e
até a próxima!