domingo, 24 de novembro de 2013

O PERDÃO NA VIDA PROFISSIONAL - PARTE III

Como está o seu relacionamento com os seus superiores? Afinal de contas, cada um de nós deve subordinação hierárquica ou funcional a alguém. No caso de empreendedores que estejam na última escala de hierarquia em sua empresa, mesmo não devendo subordinação direta, tem um elevado nível de responsabilidade para com a sociedade e sua comunidade. Estão comprometidos com diversos “stakeholders” (partes interessadas) de sua organização, quais sejam: acionistas, investidores, empregados, clientes, fornecedores, dentre outros.

Há muitos profissionais queixosos com sua chefia nas organizações. Segundo pesquisa publicada pela Folha de São Paulo, de 22/08/2013, as reclamações são, em maior percentual, de que os chefes são inconstantes ou autoritários, dentre outras: http://classificados.folha.uol.com.br/empregos/2013/08/1329732-funcionarios-tracam-perfis-de-seus-chefes-maioria-e-inconstante-e-autoritaria.shtml.

Dentre 10.670 entrevistados, 30% afirmaram que seu chefe muda de opinião com frequência e 12% deles atribuem a seus superiores, características de agressividade e autoritarismo. Em um percentual de 56%, os entrevistados não recomendariam a um amigo trabalhar com seu chefe. A pesquisa, no entanto, teve seus dados positivos: 13% classificaram seus chefes como amigos e 12%, como visionários. Paradoxalmente, quando a pergunta foi: "você gosta do seu chefe?", 39% afirmam que sim.

Diante desse cenário, verifica-se cada vez mais a necessidade de líderes equilibrados, estáveis e firmes em suas decisões. É salutar em qualquer instituição, chefes que deem direcionamentos claros e precisos. Isso gera um clima de segurança e confiabilidade. 

domingo, 17 de novembro de 2013

O PERDÃO NA VIDA PROFISSIONAL - PARTE II


Continuando o tema da semana passada, vamos avançar um pouco mais nessa “história de perdão”. É lógico que, para falar de perdão, devemos pressupor mágoas, ressentimentos, rancores ou coisas do gênero.

Vamos focar nessa e nas próximas reflexões em três perspectivas:

1. Como está o meu relacionamento com meus liderados, como gestor;

2. Como está o meu relacionamento com os superiores aos quais estou subordinado;

3. Como lido comigo mesmo em meu cargo ou função e como está o meu nível de comprometimento ou envolvimento com a missão da organização à qual pertenço.

No que tange à minha relação com os meus liderados, pode-se perceber o quanto essa possa estar conturbada e carente de ser  restaurada.

Você se relaciona bem com sua equipe?

Dá-lhes feedback sincero e encorajador acerca de seu desempenho profissional?

Sua voz encontra ressonância, ou seja, tem capacidade natural de influenciá-los para objetivos comuns?

Creio que há muitos líderes desgastados com sua missão, seja pela necessidade de renovação de seus propósitos, seja pela necessidade de reconciliação com seus subordinados. Há pessoas que ainda pensam no velho: “manda quem pode, obedece quem tem juízo.”, não considerando os limites de seus liderados e, portanto, desgastando relações, confundindo liderança com exercício de poder.

Liderar e exercer autoridade sobre as pessoas é diferente de simples exercício de poder. Liderar é influenciar, ter autoridade reconhecida por um grupo de pessoas, em vista de metas comuns. Exercer poder, por exemplo, pode ser exercício de cargo político, estar na chefia de um companhia que por si só não pressupõe necessariamente capacidade de influenciar, motivar e conduzir pessoas.
Gosto da frase dita por Margareth Thatcher: “Estar no poder é como ser uma dama. Se tiver que lembrar as pessoas que você é, você não é.”

Dessa forma, julgo que a eficácia e a excelência no desempenho profissional dependam em muito da capacidade dos líderes influenciarem positivamente suas equipes, pois há inúmeros potenciais a serem “explorados”. Precisam ser capazes de “tirar o melhor que as pessoas podem dar”. Essa relação, mesmo em meio aos grandes desafios cotidianos, deve ser pautada pelo princípio do ganha-ganha.

Líder de verdade, não pode e nem deve guardar mágoas, mas ter um coração brando e capaz de conciliação e de gerar sinergia em sua equipe.

Nas próximas postagens, comentarei sobre os itens 2 e 3, acima mencionados. Aguardamos os comentários e até a próxima. Boa semana de trabalho e boas reflexões.

sábado, 9 de novembro de 2013

O PERDÃO NA VIDA PROFISSIONAL - PARTE I

Caros amigos,

Há muitas coisas a se falar acerca da grande riqueza que é o perdão. Aí você pode perguntar:

“O que isso tem a ver com a vida profissional?”

Eu diria: “tudo a ver.” Arriscaria ainda a dizer que uma das atitudes mais poderosas que alguém pode utilizar na direção da excelência e do sucesso profissional é a capacidade de perdoar.

Se você bem recorda, na postagem inaugural do blog, no dia 22 de setembro, comentamos acerca de cinco causas capazes de gerar insatisfação e frustração na vida profissional.  Resumidamente, são estas:

1.       Acomodação;
2.       Desilusão na vida profissional;
3.       Influência familiar negativa;
4.       Medo de arriscar-se;
5.       Autoconfiança abalada.

Além dessas causas, some-se a elas o baixo nível de autoconhecimento. O resultado de tudo isso pode ser desastroso.

Gostaria de me deter ao último item das causas supracitadas:

O que pode abalar nossa autoconfiança?

O que pode nos fazer pensar que não iremos conseguir esse ou aquele objetivo?

O que pode nos paralisar no medo ou na acomodação?

Indubitavelmente, uma das principais causas é a falta de perdão.

Entendo que o perdão é um autêntico dom divino. É um dom que recebemos, pois em nossa natureza humana, temos certa tendência ao rancor, ao ressentimento e à culpabilização dos outros por nossos fracassos. 

Penso ainda que, além dos inúmeros benefícios e da grande riqueza espiritual que é em si,esse dom seja capaz de nos reconstruir, de nos refazer e nos tornar aptos a recomeçar, a retomar nossa vida profissional de maneira segura, firme e estável. No entanto, além de dom, é uma atitude, uma virtude que todos podem cultivar.

Quer liberar suas potencialidades, quer fazer frutitificar os dons dos quais Deus te dotou? 

Comece hoje a perdoar.

Perdoe a si mesmo, perdoe as pessoas que você julga terem causado os maiores prejuízos em sua trajetória profissional.

Concluo com uma frase que encontrei no livro “Tecendo o fio de ouro” de Maria Emmir O. Nogueira, página 111:

“NINGUÉM TEM O PODER DE FAZER-LHE MAL. SÓ VOCÊ TEM O PODER DE FAZER MAL A SI MESMO.”


Continuarei ainda a falar mais sobre perdão nas próximas postagens. Aguardo seus comentários. Boa semana de trabalho e boas reflexões.

sábado, 2 de novembro de 2013

LIDERANÇA: DOM INATO OU CAPACIDADE A SER DESENVOLVIDA?


Caros amigos,

Continuando com nossa conversa semanal, vamos hoje falar um pouco sobre Liderança. Essa capacidade de influenciar pessoas em vista de um objetivo comum. Cada vez mais, fala-se da necessidade de bons líderes, da carência deles. Aonde eles se encontram, de onde surgem, como são formados?

Segundo alguns podem pensar o dom de liderar é algo inato, ou seja, é um privilégio para alguns pouco “iluminados” que já nasceram com essa característica. Seria uma capacidade inerente ao indivíduo. Esse pensamento está de acordo com uma teoria chamada de “Teoria dos traços” ou “Teoria dos traços de personalidade.”

Segundo essa teoria, o líder já nasce assim: pronto. O exercício da liderança seria apenas uma questão de tempo. Essa pessoa seria dotada de características especiais que a diferenciasse das demais, seria algo intrínseco a si. Por outro lado, esse pensamento contraria a possibilidade de que alguém pudesse vir a aprender a liderar.

Segundo pensamento mais moderno, a liderança é uma habilidade capaz de ser desenvolvida. Encontrei essa definição no livro O monge e o executivo de James C. Hunter:  “ É a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum.”

Adiante nessa definição, concordo com o autor do livro quando diz: “ (...) é uma habilidade que pode ser aprendida e desenvolvida por alguém que tenha o desejo e pratique as ações adequadas.” Acrescentando ao desejo e às ações ainda o seguinte: necessidade. Sim, pode ser que, na vida, algumas circunstâncias oriundas de necessidades (nossas ou dos outros) possam ser capazes de desencadear em nós o desejo da busca por essa atitude.

Afinal de contas, em meio aos nossos grandes desafios, Deus pode fazer surgir o melhor de nós mesmos. Para encerrar, penso que o líder deve ser alguém fortemente desejoso de servir e não alguém sedento de exercer o poder pelo poder em si.


O que você pensa a respeito desse assunto?