Alfredo era um homem muito trabalhador,
esforçado. Tinha deixado a família no interior e, após ter pensado
num futuro sem chances de êxito em sua cidade natal, foi para a
capital para buscar uma vida mais próspera e feliz. Dedicou sua vida
numa profissão onde empreendia grandes esforços e,
consequentemente, tinha conseguido prover sua família dignamente.
Esse homem era arrimo de família, um taxista competente e muito
dedicado. Tinha formado uma clientela considerável. Era casado e
tinha dois filhos, dos quais Rodrigo era o mais velho.
Rodrigo era estudante de direito.
Estava prestes a se formar. Pensava em advogar e, em seguida prestar
concurso para ingresso em alguma carreira pública promissora. Esse
jovem não tinha experiência profissional, apenas compreendia
razoavelmente a profissão de seu pai, além de ser um bom motorista.
Seu pai desejava que ele estivesse bem firmado nos estudos para, em
seguida, realizar seu projeto de autorrealização.
Um fato trágico, no entanto, mudou a
vida daquela família. Alfredo faleceu de parada cardíaca e
tristemente deixou uma lacuna naquela casa. Aos poucos, não somente
a ausência física passou a ser sentida, mas, também, a necessidade
econômica. A família começou a passar dificuldade e endividar-se.
Após uma análise das várias possibilidades, Rodrigo resolveu agir.
De maneira altruísta e responsável, pensou em deixar seus sonhos de
lado e resolveu pegar o táxi de seu velho pai e ir para a praça
buscar o sustento de sua mãe e seu irmão mais novo.
Aos poucos foi “pegando o jeito”.
Recebeu “de herança” uma parcela considerável da clientela de
seu pai, o dinheiro começou a aparecer e as coisas foram melhorando.
No entanto, com o passar de cinco anos, começou a fazer as seguintes
questionamentos:
“ Não me acho tão feliz nessa
profissão, apesar de conseguir certo retorno financeiro.”
“ Ainda acho que conseguiria ser um
ótimo servidor público na área do Direito.”
“ Mas será que ainda tenho chances
de voltar a estudar, terminar faculdade...faltava tão pouco?”
“ Sou participativo e tenho liderança
nas reuniões do sindicato. Acho que é possível.”
Essa estória, evidentemente, é
fictícia. Mas pode ser a história de muitas pessoas que ainda
pensam em auto-realização. Partindo do pressuposto que Rodrigo
tinha vocação para a área do Direito e não para ser taxista, dê
sua opinião sobre o final dessa história. Rodrigo, ainda jovem, tem
26 anos. O que você acha, Ainda dá tempo, é possível a realização
de seus sonhos? Ajude esse jovem, aconselhando-o a realizar
plenamente seus potenciais. Aguardo seu comentário. Até breve!